
Metodologias
Escolha dos municípios-alvo do SCF
A abordagem metodológica a seguir foi usada para determinar a escolha dos 61 municípios-alvo para as ações coletivas e divulgações dos membros do SCF (lembrando que os 25 municípios prioritários originais continuam no escopo, sendo que a maioria permanece no topo da lista de conversão da vegetação nativa para o cultivo de soja):
- Considerando os 5.570 municípios brasileiros, os municípios-alvo selecionados são aqueles que têm pelo menos 95% do seu território localizado no Cerrado.
- A área plantada de soja nos municípios-alvo deve ser superior a 5.000 hectares (PAM/IBGE 2020).
- Os municípios-alvo devem estar entre os principais municípios da região, medidos com base em:
- Área de vegetação nativa convertida para o cultivo de soja (Relatório de expansão da soja, Agrosatélite 2019/2020, e PRODES 2018/2019) e
- Disponibilidade de vegetação nativa remanescente em reservas legais adequadas ao cultivo de soja.
- Os municípios-alvo devem ter pelo menos dois membros do SCF em operação (ou seja, com fornecimento ativo ou presença física) dentro de suas fronteiras.
Revisaremos e atualizaremos o nosso escopo e municípios-alvo a cada três anos, de acordo com os dados mais recentes disponíveis.
Monitoramento dos volumes rastreáveis
A abordagem metodológica a seguir é adotada individualmente pelos membros para gerar os indicadores-chave de desempenho de volume divulgados anualmente:
- Volume de soja produzida no Cerrado: a proporção (em toneladas) do volume de soja obtido pela empresa associada no bioma do Cerrado, nos municípios que tenham pelo menos 95% do seu território dentro desse bioma, comparado ao volume total de soja obtido fora do Brasil pelas empresas. Esses dados são divulgados em porcentagem de soja produzida no Cerrado e em porcentagem de soja produzida em outros biomas.
- Volume de soja produzida nos municípios-alvo no Cerrado: do total alcançado na fase 1, a proporção (em porcentagem) do volume de soja produzido nos municípios-alvo, levando-se em consideração o município do fornecedor. Esses dados são divulgados em porcentagem de soja produzida nos municípios-alvo e em porcentagem de soja produzida em outros municípios do Cerrado.
- Fornecimentos diretos e indiretos: do total alcançado na fase 2, a proporção (em porcentagem) de soja obtida diretamente dos agricultores e a proporção de soja fornecida por terceiros, levando-se em consideração o tipo de atividade do fornecedor (usando o CNPJ do fornecedor como fonte). Esses dados são divulgados em porcentagem de fornecedores diretos nos municípios-alvo e em porcentagem de fornecedores indiretos nos municípios-alvo.
- Volume rastreável e não rastreável: do volume total de fornecedores diretos (fase 3), a proporção do volume rastreável até a fazenda, levando-se em consideração os dados de localização da fazenda divulgados pelo fornecedor. Os volumes são classificados como rastreáveis até a fazenda quando existe um polígono da fazenda onde a soja foi produzida. Esses dados são divulgados em porcentagem de fornecedores diretos rastreáveis até a fazenda no município-alvo. A partir de dezembro de 2020, pelo menos 95% dos volumes de soja diretos obtidos pelas empresas virão de fazendas de origem rastreável.
Metodologia para relatar soja originada por joint ventures associadas
Existem seis fatores de variação a serem considerados ao relatar sobre o fornecimento de soja por joint ventures (JV) associadas a um membro do SCF. Eles dependem do conhecimento sobre os volumes operados pela JV; controle das operações da JV; e compras realizadas com a JV. Para cada uma dessas questões, haverá uma resposta positiva ou negativa. A seguir, uma descrição dos possíveis cenários:
- Quando uma empresa tiver conhecimento sobre os volumes gerais operados pela JV
-
- Se o membro do SCF controlar as operações da JV (ou seja, se gerenciar as compras de soja da JV), independente de comprar ou não da JV: deverá relatar o volume equivalente à sua participação na JV como direto.
- Se o membro do SCF não controlar a JV, mas comprar dela: deverá relatar os volumes efetivamente fornecidos ao membro do SCF como indiretos.
- Se o membro do SCF não controlar a JV e não comprar dela: deverá relatar os volumes equivalentes à sua participação como indiretos.
-
- Quando uma empresa não tiver conhecimento sobre os volumes gerais operados pela JV por não ter o controle (ou seja, se não gerenciar as compras de soja da JV):
- Se comprar da JV: deverá relatar como indireto.
- Se não comprar da JV: deverá relatar o volume como indireto com base na receita financeira da JV por meio do raciocínio matemático descrito a seguir:
- Como participante da JV, a empresa tem as receitas da JV expressas em $ 000 (A)
- A empresa tem a sua própria receita total para o país expressa em $ 000 (B)
- A/B = X% da representatividade da receita da JV sobre a receita da empresa. As empresas devem considerar essa X% como uma porcentagem do volume total de origem da empresa.
- As empresas devem adicionar X% à % de fornecimento da área e relatar como indireto.
Metodologia para metodologia conjunta para a verificação de soja livre de desmatamento e de conversão (DCF)
A medição e o relatório do cultivo de soja DCF envolvem dois indicadores, cada um com base em fontes de dados diferentes. Os volumes de soja fornecidos por joint ventures vão integrar os cálculos de DCF de acordo com a Metodologia para relatórios sobre soja originada por joint ventures descrita acima.
- Relatórios com base em dados individuais de empresas
Fontes de dados:
- Área da fazenda (polígono): dados de cada empresa
- Área de cultivo de soja por polígono: estudo da Agrosatélite (ano-safra 20/21)
- Área de conversão de terra: PRODES Cerrado 2020
Indicadores:
- Porcentagem de DCF de cada empresa nos 61 municípios-alvo (FMs, focus municipalities);
Para calcular a área verificada do cultivo de soja DCF da empresa associada ao SCF, o indicador a seguir deverá ser aplicado:
Volume total de soja DCF verificada originada nas 61 FMs |
= % DCF verificado |
Volume total de soja originada nas 61 FMs |
Esse indicador mostrará o progresso ao longo do tempo, uma vez que a ampliação de monitoramento será implementada por toda a cadeia de fornecimento. Assim, o indicador mostra até que ponto as empresas têm monitorado e verificado de forma efetiva os volumes de soja DCF. Esses resultados individuais são auditáveis.
2. Relatórios com base em informações disponibilizadas ao público (indicador comum aos 61 municípios do SCF, em vez dos indicadores individuais de cada empresa)
Fontes de dados:
- Área da fazenda de cada município (polígono): SICAR (observação: com exceção do balanço de massas)
- Área de cultivo de soja: estudo da Agrosatélite adquirido pela ABIOVE (ano-safra 20/21)
- Conversão de terra: PRODES Cerrado 2020
- Produtividade média do município (IBGE/CONAB)
Para calcular a porcentagem do cultivo de soja DCF no nível das paisagens nos 61 municípios-alvo, o indicador a seguir deverá ser aplicado:
Volume total do cultivo de soja DCF nos 61 FMs |
= |
% do cultivo de soja DCF nos 61 municípios-alvo |
Volume total de soja nos 61 FMs |
Referências
- ABIOVE and Agrosatélite, 2021. Cerrado soy dynamics with focus on the 61 priority municipalities updated for crop year 2019/20 vs. PRODES 2014-2019. Available on: https://wbcsdpublications.org/scf/wp-content/uploads/2021/06/Soy_Dynamic_2019-20_AGROSATELITE_SCF_V1.pdf
- Rudorff, B.; Risso, J., 2021. Cerrado soy dynamics on the SCF 61 focus municipalities updated for crop year 2020/21 VS. PRODES 2014-2020. Agrosatélite Applied Geotechnology Ltd. Florianópolis-SC, Brazil, 2021 17 p. Available on: https://wbcsdpublications.org/scf/wp-content/uploads/2021/12/Soy_Dynamic_2020-21_AGROSATELITE_SCF_November_2021.pdf
Lista completa dos 61 municípios-alvo do SCF
Aparecida do Rio Negro TO State of Tocantins
Baixa Grande do Ribeiro PI State of Piauí
Balsas MA State of Maranhão
Campos de Júlio MT State of Mato Grosso
Campos Lindos TO State of Tocantins
Carolina MA State of Maranhão
Correntina BA State of Bahia
Currais PI State of Piauí
Formosa do Rio Preto BA State of Bahia
Goiatins TO State of Tocantins
Jaborandi BA State of Bahia
Lagoa da Confusão TO State of Tocantins
Mateiros TO State of Tocantins
Mirador MA State of Maranhão
Monte do Carmo TO State of Tocantins
Peixe TO State of Tocantins
Pium TO State of Tocantins
Planalto da Serra MT State of Mato Grosso
Porto Nacional TO State of Tocantins
Riachão das Neves BA State of Bahia
Ribeiro Gonçalves PI State of Piauí
Sambaíba MA State of Maranhão
Santa Rosa do Tocantins TO State of Tocantins
São Desidério BA State of Bahia
Uruçuí PI State of Piauí
Abreulândia TO State of Tocantins
Água Boa MT State of Mato Grosso
Água Fria de Goiás GO State of Goiás
Alto Araguaia MT State of Mato Grosso
Araguacema TO State of Tocantins
Barra do Ouro TO State of Tocantins
Barreiras BA State of Bahia
Buritizeiro MG State of Minas Gerais
Cabeceiras GO State of Goiás
Campo Novo do Parecis MT State of Mato Grosso
Caseara TO State of Tocantins
Caxias MA State of Maranhão
Corrente PI State of Piauí
Cristalina GO State of Goiás
Dois Irmãos do Tocantins TO State of Tocantins
Fernando Falcão MA State of Maranhão
Gilbués PI State of Piauí
Gurupi TO State of Tocantins
Itacajá TO State of Tocantins
Itapiratins TO State of Tocantins
Luís Eduardo Magalhães BA State of Bahia
Marianópolis do Tocantins TO State of Tocantins
Niquelândia GO State of Goiás
Nova Nazaré MT State of Mato Grosso
Novo Acordo TO State of Tocantins
Novo São Joaquim MT State of Mato Grosso
Paracatu MG State of Minas Gerais
Pastos Bons MA State of Maranhão
Pedro Afonso TO State of Tocantins
Poxoréu MT State of Mato Grosso
Riachão MA State of Maranhão
Santa Filomena PI State of Piauí
Santa Maria do Tocantins TO State of Tocantins
Sebastião Leal PI State of Piauí
Sucupira do Norte MA State of Maranhão
Unaí MG State of Minas Gerais